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SINDFLEGO se mobiliza junto a outras entidades para barrar projeto de confisco da previdência

13/04/2018

           Como já era esperado, o prefeito de Goiânia, Íris Rezende, não quer apenas dar o calote na dívida de quase 400 milhões de reais com o IPSM. Ele quer também confiscar os cerca de 800 milhões de reais relativos aos FUNDOS II, III e IV.

É isso mesmo. Numa manobra espetacular, o prefeito, através do presidente do IPSM, Sílvio Fernandes, encaminhou à Câmara um projeto que parece ser a solução na previdência do Município, mas na verdade é o fim anunciado nos próximos 02 anos.

O projeto prevê a imediata transferência de 5.469 aposentados e pensionistas para serem pagos pelo FUNDO II. Com isso o desembolso mensal será de 26,5 milhões de reais. Ou seja, o saldo existente hoje nas contas do Instituto será suficiente para pagar os benefícios por apenas cerca de 30 meses, coincidindo com fim do mandato do atual prefeito.

Essa história já aconteceu antes. Em 2009, lei de autoria do prefeito Iris Rezende efetivou a segregação das massas, dividindo-as em servidores admitidos antes da criação do RPPS e depois dele, em abril de 2002.

Dessa forma, à época, o prefeito se livrou de uma dívida de quase 300 milhões de reais e recebeu o Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP, necessário para contrair empréstimos em bancos oficiais.

Agora, a jogada é outra. O prefeito quer unir as massas e transferir a responsabilidade do Tesouro para o IPSM do pagamento de 5.469 beneficiários.

Alegando ser o FUNDO II deficitário, mas sem contudo comprovar, quer aumentar a alíquota de 11 para 14%.  As reuniões já começaram e as lideranças sindicais farão um trabalho de convencimento dos senhores vereadores de que o projeto representa o fim da previdência no município de Goiânia e sua aprovação é um cheque em branco ao prefeito.

Veja aqui a Nota Oficial do Fórum Sindical de Goiânia apontando os principais absurdos contidos no projeto.